3.12.09

Celular e energia solar: por que inovação tecnológica nem sempre pega.

Nate Lewis é químico de energia no Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia). Pra ele existe um problema em fazer inovação na matriz energética. Ele faz uma comparação: Digamos que eu inventei o primeiro telefone celular. Depois, eu chego a você e digo: "Tenho um negócio pra você. Acabei de inventar um telefone que você pode carregar no bolso!"
Você provavelmente dirá: "Uau, um telefone que eu posso carregar no bolso? Legal! Isso vai mudar minha vida. Vou comprar dez e passá-los para meus empregados."
Eu digo: "Mas eu vou avisá-lo: Este é de primeira geração. Eles vão custar $2500,00 cada." Você provavelmente dirá: "Uhm! Parece muito, mas eu vou aceitar, pois um telefone desses vai mudar minha vida." Assim, eu lhe vendo dez. E mais dez para outro. E mais dez para outro. No final...depois de seis meses eu volto com um novo modelo do meu celular. Ele é menor, mais leve e custa só $1600,00. Conseguimos colocar em escala.
Agora volto ao laboratório e invento uma lâmpada alimentada por luz solar. Eu volto a você e digo: "Lembra do telefone celular? Foi-lhe muito útil, não foi? Agora eu tenho um novo produto. Tá vendo aquela lâmpada lá no teto? Vou alimentá-la com elétrons vindos do sol. Mas esta é uma tecnologia muito nova, e não é barata: Isso lhe custará uns $200,00 a mais cada mês para alimentar aquela lâmpada.
E o que você me dirá? "Olha, o telefone celular mudou a minha vida. Nunca tive nada como aquilo. Mas caso você não tenha notado, já existe luz naquela lâmpada. Ela funciona bem, e francamente, eu não ligo de onde os elétrons vêm. Desculpe, mas eu vou recusar".
Tal como neste exemplo, o mesmo se aplica para os automóveis. O consumidor não liga se o combustível vem do petróleo ou da cana-de-açúcar. O governo precisa intervir e dizer que você vai pagar a conta pela poluição que você está causando.

1.12.09

Menos gasolina

O governo brasileiro dá um passo à frente, mantendo redução de IPI para automóveis flex de baixa cilindrada. Agora é preciso ter coragem para aumentar o IPVA dos carros movidos à gasolina, já como medida de emergência. Não é possível esperar que a população vá de bom grado diminuir o uso de carros. É necessário empurrar os limites de modo a pressionar as indústrias a colocarem carros mais eficientes e menos poluentes nas ruas.